quinta-feira, 21 de março de 2013

Solte-se


O que está faltando para que você desperte, para que se solte? 
Por certo não falta esforço, nem juventude, nem meditar muito. Só falta mesmo uma coisa: A capacidade de pensar em algo novo, de ver coisa nova, de descobrir o desconhecido.
Aquele que pensa como marxista não pensa; o que pensa como budista não pensa; quem pensa como muçulmano não pensa... e até mesmo quem pensa como católico, tampouco pensa. Todos eles são pensados por sua ideologia.
São escravos, porquanto não podem pensar acima e além dessa ideologias. Vivem dormindo e pensando por meio de ideias preconcebidas.
O profeta, por outro lado, não se deixa levar por qualquer idologia, e por isso é tão mal recebido. O profeta é o pioneiro que se atreve a colocar-se acima dos esquemas vigentes, abrindo novos caminhos.
Não temos coragem de VOAR por nosso próprios meios. Temos medo da liberdade e da solidão, e preferimos ser escravos de determinados esquemas sociais.
A eles nos prendemos volutariamente, atando-nos a pesadas correntes, e depois nos queixamos de não ser livres.
Quem poderá nos libertar, se nós mesmos não temos consciência das cadeias que nos prendem? As mulheres prendem-se aos maridos e aos filhos; os maridos, às esposas e aos negócios.
Todos nos deixamos prender, e nosso argumento, a justificativa que usamos, é o amor. Mas, que amor?
A realidade é que só amamos a nós mesmos, e com um amor adulterado e raquítico, que envolve apeas o "eu", o próprio ego.
Nem ao menos somos capazes de amar a nós mesmos em liberdade. Então, como vamos saber dar amor aos outros, mesmo sendo nosso cônjugues ou nossos filhos?
Todos nos acostumamos à prisão das coisas antigas, e preferimos dormir, para não descobrir a libertade inerente ao que é novo.

Somos luzes, e o nosso caminho É sermos livres!!!
Essa é a nossa natureza!


sábado, 19 de janeiro de 2013

Seja você


Toma a tua vida em tuas mãos, e não entrega a direção dela a ninguém.
Por mais que te amem, por mais que desejem o teu bem, só tu serás capaz de sentir o que realmente sentes, e aquilo que tu passas de impressão para os outros, nem sempre corresponde ao que vai na tua alma.
Quantas vezes tu já sorriste para disfarçar uma lágrima teimosa?
Quantas vezes quiseste sair correndo de um lugar e ficaste por educação, respeito ou medo?
Quantas vezes desejaste apenas um beijo e ficaste com a boca seca esperando o que não veio?
Quantas vezes tudo o que desejaste era apenas um abraço, um consolo, uma palavra amiga e só recebeste ingratidão?
Quantos passos foram necessários para chegar até onde chegaste?
Quantos sabem dar o valor que realmente merecesses?
Criticar é fácil, mas usar o teu sapato ninguém quer, vestir as tuas dores ninguém quer, saber dos teus problemas só se for por curiosidade. Por isso, não entrega a tua vida nas mãos de ninguém; nada de acreditar que sem essa ou aquela pessoa, tu nã vai viver.
Vai viver sim; o mundo continua girando, e se deixares, pode te trazer algo muito melhor. Pega a direção da tua vida e aponta para o outro rumo, lá onde a placa diz "CAMINHO DO SOL", bem na curva da felicidade, que te espera sem pressa, para viver com amor e intensidade, com a paz, a harmonia e a felicidade.

Namastê!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Coisas que aprendi com você


Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você pegar o primeiro desenho que fiz e predê-lo na geladeira, e, imediatamente, tive vontade de fazer outros para você.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando comida a um gato de rua, e aprendi que é legal tratar bem os animais.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer meu bolo favorito e aprendi que as coisas pequenas podem ser as mais especiais na nossa vida.
 Quando você pensava que eu não estava olhando, ouvi você fazendo uma oração, e aprendi que existe um Deus com quem eu posso sempre falar e em quem eu posso sempre confiar.
 Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer comida e levar para uma amiga que estava doente, e aprende que todos nós temos que ajudar a tomar conta uns dos outros.
 Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando seu tempo e seu dinheiro para ajudar as pessoas mais necessitadas e aprendi que aqueles que têm alguma coisa devem ajudar quem nada tem.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu percebi você me dando um beijo de boa noite e me senti uma pessoa amada e segura.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você tomando conta da nossa casa e de todos nós, e aprendi que nós temos que cuidar com carinho daquele que temos e das pessoas que gostamos.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi como você cumpria com todas as suas responsabilidades, mesmo quando não estava se sentindo bem, e aprendi que eu tinha que ser responsável quando crescesse.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você se desculpar com uma amiga, embora tivesse razão, e aprendi que às vezes vale a pena abrir mão de um ponto de vista para preservar uma amizade e o bem-estar nos relacionamentos.
 Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi lágrimas nos seus olhos e aprende que, às vezes, acontecem coisas que nos machucam, mas que não tem nenhum problema a gente chorar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu percebi você cuidando do vovô com carinho e atenção, e aprende que devemos tratar bem e respeitar aqueles que nos cuidaram na infância.
 Quando você pensava que eu não estava olhando, foi que aprendi a maior parte das lições que precisava para ser uma pessoa boa e produtiva quando crescesse.
 Quando você pensava que eu não estava olhando, eu olhava para você e queria lhe dizer: obrigado por todas as coisas que eu vi e aprendi quando você pensava que eu não estava olhando.

Esta é uma mensagem portadora de grandes motivos de reflexão para todos os educadores que desejam atingir seus nobres objetivos no campo da educação.
É uma mensagem importante porque nos faz pensar que nossos educandos estão nos olhando e memorizando mais o que fazemos do que o que dizemos.
Nosso gestos e nossas ações produzem lições mais efetivas do que muitas palavras vazias, jogadas ao vento.

Pense nisso! E lembre-se bem: alguém está observando e aprendendo algo com você, em todos os momentos.

Autor: Redação do Momento Espírita com base em mensagem de autoria desconhecida.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Coragem e Fé

A palavra coragem é muito interessante; ela vem da raiz latina cor, que significa coração. Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica.
Com medo, fecham todas as janelas e portas - com teologia, conceitos, palavras, teorias - e do lado de dentro dessas portas e janelas eles se escondem.
O caminho do coração é o caminho da coragem; é viver na insegurança; é viver no amor e confiar; é enfrentar o desconhecido; é deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. 
Coragem é seguir trilhas perigosas... A vida é perigosa! E só os covardes podem evitar o perigo,  mas ái já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco.
O coração está sempre pronto para enfrentar riscos... O coração é um jogador!
A cabeça é um homem de negócios... Ela sempre calcula... Ela é astuta. 
O coração nunca calcula nada!

(Osho)

http://www.humaniversidade.com.br/

sábado, 22 de dezembro de 2012

As eternas e normalmente infundadas reclamações


Antigamente tudo era melhor... O mundo, hoje, vai mal... O carro não pega... A minha promoção não sai... O sinal ainda está fechado... Meu time perdeu... Que calor insuportável... Que frio terrível... Minha mulher só reclama... Meu marido só pensa em futebol... Os amigos sumiram... Essas crianças não param de chorar... A cidade está uma sujeira... Meu chefe não me compreende... O ônibus não aparece... E essa fila que não anda... Ninguém reconhece meu trabalho... Os preços não param de subir... Meu telefone vive enguiçado... 

QUE VIDA, HEIN! MAIS ALGUMA RECLAMAÇÃO!?

E se eu tivesse nascio em berço de ouro? E se eu ganhasse uma enorme quantia? E se não existisse tanta gente atrapalhando minha vida? E se eu conseguisse um diploma sem precisar estudar? Por que a gente tem tanta luta e tribulação, tanta dor e sofrimento transformando a vida num "vale de lágrimas"? DIFÍCIL, NÃO É MESMO!??

MAS AGORA PRESTE MUITA ATENÇÃO NESTA SITUAÇÃO...

Jesus nasceu num estábulo... EMPRESTADO! Jesus montou num burrico... EMPRESTADO! Jesus multiplicou os pães e peixes num cesto... EMPRESTADO! Jesus utilizou um local para evangelizar... EMPRESTADO! Jesus foi sepultado em um túmulo... EMPRESTADO! SÓ A CRUZ ERA DELE! E ele nunca reclamou, murmurou e jamais blasfemou. Ele sempre louvou e agredeceu por realizar a vontade do Pai. É preciso aprender dar mais valor às pessoas, coisas e situações que nos são impostas por Deus.

Existem dois caminhos:
1º - O das lamentações e dos "por quês"?
2º - O do louvor e agradecimento, do "para que senhor". Seja feita a tua vontade.
Cada um escolhe o seu.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Assembléia na carpintaria

Contam que na carpintaria houve uma vez estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunicar. A causa? Fazia um barulho demasiado e além do mais passava todo o tempo golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas também pediu que fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atrito. 
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media os outros segundo sua medida, como se fosse o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpínteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com as nossas qualidades, com os nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar as asperezas, e o metro era preciso e exato.
Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalharem juntos. 
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta ebservar e comprovar.
Quando uma pessoa busca defeito em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade o ponto forte dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.
É fácil encontrar os defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades, isto é para os sábios.

domingo, 17 de junho de 2012

Atividades do mês de junho - Casa da Gratidão

Neste mês de junho, a Casa da Gratidão - ponto de luz em nossa cidade - realizou os eventos NOITE DA GRATIDÃO e mais um BAZAR DA GRATIDÃO.
A noite da gratidão é um momento de total comunhão entre os voluntários e frenquentadores da casa, além de pessoas que queiram participar deste ponto de luz. É um momento de meditação, distração, fé, oração e muita luz.
O bazar da gratidão constitui um momento de trabalho de recolhimento de doações de roupas, calçados e utensílios para serem vendidos a preços bem pequenos, objetivando alcançar as pessoas de menor poder aquisitivo, principalmente dos arredores da casa, próximo ao bairro Multirão. 
Além de propiciar este momento, o bazar serve também para arrecadar fundos direcionados ao sustendo da casa nas mais diversas atividades ofertadas sem nenhum custo a quem frequenta. São atividades como yoga, momentos de meditação, reiki e trabalho educativo com as crianças carente do bairro.
Abaixo, as fotos desses dois eventos de luz.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Passeio socrático

Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.
Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mai do que deviam.
Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente.
Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade'?
Encotrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei:
'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'.
Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'.
'Não, retrucou ela, tenho tanta coisa de manhã...'
'Que tanta coisa?', perguntei.
'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.
Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'
Estamos construindo super-homens e super mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.
Uma progressiva cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginásticas e três livrarias!
Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?' 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!'
Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecere o seu vizinho de prédio ou da quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...
A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.
Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prezeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!'
O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, autoestima, ausência de estresse. 
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-modernos. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping-center. É curioso: a maioria dos shopoings-centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som de gregoriano pós-modernos, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os venerárveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Quem não, deve-se passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, para sentir-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...
Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o cento comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele repondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!"
Frei Beto

terça-feira, 15 de maio de 2012

Lições e aprendizagens


Você receberá um corpo. Pode gostar dele ou odiá-lo, mas ele será seu durante esta rodada.
Você aprenderá lições. Você está matriculado numa escola informal, de período integral, chamada vida. A cada dia, nessa escola, você terá a oportunidade de aprender lições. Poderá gostar das lições ou considerá-las irrelevantes ou estúpidas.
Não existem erros, apenas lições. O crescimento é um processo de tentativa e erro: experimentação. As experiências que dão certo fazem parte do processo, assim como as bem sucedidas.
Cada lição será repetida até que seja aprendida. Cada lição será apresentada a você de diversas maneiras, até que tenha aprendido.
Quando isso ocorrer, você poderá passar para a seguinte; o aprendizado nunca termina.
Não existe nenhuma parte da vida que não contenha lições; se você está vivo há lições para aprender. 
"Lá" não é melhor do que aqui. Quando o seu lá se tornar em "aqui", você simplesmente entenderá que o melhor é viver o "aqui" e "agora".
Os outro são apenas seus espelhos. Você não pode amar ou detestar algo em outra pessoa, a menos que isso reflita algo que você ama ou detesta em si mesmo.
O que fizer de sua vida é responsabilidade sua. Você tem todos os recursos de que necessita. O que fará com eles é de sua responsabilidade. A escolha é sua.
As respostas estão dentro de você. Tudo o que tem a fazer é meditar, analisar, ouvir e acreditar.

Twyla Nitsch
Texto recebido via e-mail da amiga Lúcia.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

O silêncio dos índios


Nós, os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais podereso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitem esse conhecimento: "observa, escuta, e logo atua", nos diziam. Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam dos seus filhotes; obseva os anciões para ver como se comportam; observa o homem branco para ver o que querem; sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás. Quando tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando; dão pêmios às crianças que falam mais na escola; em suas festas, todos tratam de falar; no trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes, e chamam isso de resolver um problema.
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos, precisam preencher o espaço com sons. Então falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir. Nem sequer permitem que o outro termine uma frase; sempre se interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive. Se começa a falar, eu não vou te interromper; te estutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo, mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei. Terás dito o que preciso saber. Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês. Deveríam pensar nas suas palavras como se fossem sementes; deveriam plantá-las e permiti-las crescer em silêncio. Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas. Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

Enquanto estava lendo essa passagem, lembrei-me de uma das vivências na Fazenda Mãe Natureza e de Francisco Barreto!